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Dias negros estão por vir.

Não preciso ser um especialista em saúde pública para afirmar que teremos 2, 3 meses extremamente complexos pela frente.

Por total falta de capacitação, não vou discutir aqui o quão grave é ou não o tal do COVID-19, nem vou entrar em discussões filosóficas sobre o comportamento do Brasileiro diante de uma situação extremamente complexa.

Vimos Países europeus literalmente PARADOS, e isto vai acontecer aqui também, e em poucos dias.

Como já disse, não vou entrar em discussão sobre saúde porque não tenho conhecimento para isto, e esta não é a intenção deste artigo.

Alguns serão mais AFETADOS que outros.

Agora, imagine as coisas parando por 30, 45 , 60 dias. Apenas serviços básicos funcionando. Bares parados, restaurantes parados , industrias paradas, e por ai vai.

Aquele que nesta hora tem a sorte de ser funcionário de uma grande empresa, ou funcionário público, ou até mesmo aposentado, provavelmente vai continuar a receber sua renda mensal, porque seus pagadores tem uma estrutura que aguenta o tranco, mesmo com grandes perdas.

Mas e aquele que sai de casa cedo, todos os dias, para vender cafezinho nas barraquinhas próximas as estações de metrô? Ou aquele dono de boteco que abre todos os dias as 06 hs e fecha as 23 hs para poder tirar alguma coisa para as contas? E os que já estão desempregados e sem renda, e que agora é que não vão conseguir arrumar nada tão cedo?

Ou ainda, aquele atendente de balcão da pequena loja de bairro? Porque se obrigarem o dono da lojinha a bancar o funcionário em home office, ele quebra antes do pico do Covid-19. Ou seja, estão em situação muito complicada o funcionário e o patrão.

A Petrobras pode amargar prejuízos muito altos, mas tem estrutura para segurar a bucha.

O mesmo vale para a Volkswagen, ou para a Prefeitura da Cidade de Goiânia, mas quantos você conhece que tem empregos assim? 20% da população, talvez?

Se vai parar, que pare TUDO.

Ai fica a pergunta que não quer calar. Como estas pessoas vão conseguir pagar despesas básicas? Como irão pagar a conta da água, a conta da luz, a internet ( que muitas vezes é instrumento de trabalho) , o aluguel ou a prestação do financiamento junto ao banco?

Alguém dirá que depois tudo se acerta, mas certamente esta pessoa não conhece a realidade de quem vende o almoço para comprar a janta, que é a realidade de milhões de pessoas no Brasil.

Como vai ser isto? Corte de luz em massa? Corte de fornecimento de água aos milhares? Buscas e apreensões como nunca se viu? Um festival de inclusão de pessoas nos SPC e SERASA da vida?

Talvez você que esta lendo isto ache que é um exagero, mas só quem vive um dia após o outro é que sabe o tamanho do rombo que 2 meses sem renda pode gerar na vida destas pessoas.

Vamos sugerir uma anestia temporária

Não vou perder meu tempo defendendo ideias que não tem chance de ir para frente. Não adianta ficar pedindo que o dinheiro do FUNDÃO seja usado para apoiar estas pessoas, porque isto é algo fora de questão. Não vai acontecer, e ponto final.

Agora, já seria de grande ajuda se o Governo, tanto na esfera Federal, quanto na Estadual e na Municipal já preparasse um estudo no sentido de fazer quem PODE , ajudar na prática quem vai sofrer mais.

Reavaliando tributos como IPTU , Multas , Impostos em geral, renegociando com concessionárias de serviços públicos uma suspensão de qualquer corte nos serviços fundamentais neste momento, acertando com bancos para que ações de busca e apreensão fossem suspensas por 2, 3 meses e impedindo que pessoas sejam negativadas por atrasos em geral.

Só quem depende do dia-a-dia para construir renda sabe o que significa 30 dias sem faturar.

Só o dono do pequeno negócio sabe como vai ser complicado honrar todos os compromissos e ainda pagar salários, mesmo sem gente consumindo em seu estabelecimento.

Não estou negligenciando a questão principal desta situação, que é a manutenção da vida, mas estou pensando naqueles que sofrerão mesmo sem serem contaminados pelo Covid-19.

Ao contrário dos que defendem teses conspiratórias, não vejo um culpado por esta situação. Logo, se queremos cobrar solidariedade, que tal cobrar agora. Mas estou falando de ações práticas, e não apenas de palavras bonitas.

Sou um defensor do livre comércio, mas estamos prestes a entrar em 60 ou 90 dias de exceção, e em situações assim, a sociedade tem que se unir além das palavras bonitas.